De acordo com a enfermeira Jussara Purkot, diretora do hospital, o paciente passa bem e ficou muito satisfeito com o tratamento que recebeu. “Ele gostou muito do profissionalismo das equipes em todo o processo e disse que se pudesse dar uma nota seria mais de 10, porque é um serviço que vai ajudar muita gente”, contou Jussara.
O atendimento a Adilson Jordão foi o quarto caso em uma semana e é uma demonstração da importância da iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde de implantar o Centro de Recuperação de Afogados para a Operação Verão desta temporada 2011-2012.
“Já tivemos resultados positivos com os primeiros atendimentos prestados. Observamos uma segurança muito grande das equipes de socorro, que contam agora com uma nova alternativa de tratamento para dar mais qualidade e agilidade no atendimento à população”, diz o médico Vinícius Filipak, coordenador de urgências e emergências da Secretaria da Saúde e responsável pela implantação do centro.
Segundo ele, as equipes estão bem treinadas, motivadas e os equipamentos são adequados. “Esta é uma medida inédita no Estado e temos que ter a capacidade de analisar criticamente o trabalho, para verificar possíveis erros e fazer as correções e ajuste necessários para melhorar ainda mais a eficácia do serviço”, completou.
A ESTRUTURA – O Centro de Recuperação de Afogados funciona em uma sala de trauma no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, em Matinhos.
No local foram instalados equipamentos de suporte de vida avançados e uma equipe especializada, com médico, técnico de enfermagem e enfermeiro, foi capacitada para receber as vítimas de afogamento de todo o Litoral, das 8 às 20 horas, durante o verão. Conforme o grau do afogamento (que vai de um a seis), o paciente é encaminhado para unidades com maior capacidade, como o Hospital Regional, em Paranaguá, ou permanece na unidade em observação, para que o quadro seja estabilizado e o paciente, liberado.
A iniciativa de criar o Centro tem parceria e apoio do Corpo de Bombeiros, que é responsável pelo monitoramento e salvamento na orla paranaense, e conta com o trabalho do Grupamento Aéreo da Secretaria da Segurança Pública, que é responsável pelo transporte com helicópteros, para acelerar o atendimento às vítimas.
Apenas na temporada passada os bombeiros registraram 1.200 resgates de vítimas de afogamentos em diferentes graus no Litoral e 13 mortes. No Brasil, ocorrem aproximadamente 7 mil mortes por ano por afogamento. Mais de 70% ocorrem em água doce e a maioria das vítimas é do sexo masculino. A orientação para toda pessoa que vai entrar em um corpo d’água é procurar sempre locais onde há um guarda-vidas.